Sintese Nave Final

Proposta de Mini-nave.

 

Se perguntarmos a uma qualquer criança como é uma nave espacial, prontamente esta responder-nos-á que uma nave é parecida mais coisa menos coisa com um comum avião a jacto (Figura 1). Pouco é o erro da ingénua criança. Mas cada caso é um caso, e cada nave deve de ter a forma que mais se adequa a função que esta tem de realizar. O meu grupo pretende construir uma nave capaz de vencer o concurso Fisicum2011. Ganha o concurso quem conseguir construir uma nave que, depois de lançada consiga manter-se no ar o máximo de tempo possível e que posteriormente aterre a menos de 5m do local de lançamento.

Figura 1 – Avião a jacto

  


Objectivo: Conseguir manter a nave no ar o máximo de tempo possível, sem comprometer a estabilidade e o alcance da mesma.

 

  

Figura 2 – Aerodinâmica

Para conseguirmos cumprir este objectivo é necessário ter em conta vários aspectos, sendo que a forma da nave é um dos mais importantes. No regulamento existe uma norma que desclassifica as equipas cuja nave aterre fora do círculo definido. Tendo em conta isto, temos de construir uma nave que seja capaz de em todo o movimento ter um alcance nulo, ou próximo disso. A resistência da nave às correntes de ar laterais será o principal factor que fará variar o deslocamento na horizontal da nave. Para diminuir este efeito, ou aplicamos uma força com a mesma direcção o e modulo que a força de resistência do ar mas com sentido oposto, ou reduzimos ao máximo este efeito de forma a que possa ser desprezado. Por conveniência optamos pela segunda opção. A primeira iria requerer um acréscimo de massa desnecessário e quantos mais sistemas a nave tiver, menos fiável se torna. Para reduzir a resistência do ar na lateral, vamos tornar a nave achatada, uma verdadeira pizza voadora, dotada de uma extraordinária aerodinâmica na horizontal (Figura 2). Para colocar-mos a nave a flutuar, vamos utilizar propulsores que farão anular o Peso da nave.

 

 

 

Mas em que local da nave devem de estar os propulsores?

 

Após termos feito um estudo sobre qual seria o modelo que nos garantia maior estabilidade e fiabilidade chegamos á seguinte solução: 4 propulsores colocados intrinsecamente na nave, afastados do centro e de forma a que se uníssemos o eixo de rotação de cada propulsor com o centro de uma secção do cilindro achatado, este ficaria dividido em 4 partes iguais (figura 3). Os quatro propulsores têm de ser idênticos para que a nave não fique desequilibrada, uma vez que o centro de massa coincide com o centro geométrico. Se isto acontecer, ela iria adquirir velocidade na horizontal, o que não queremos que aconteça. Mesmo utilizando propulsores iguais, temos consciência que a nave se deslocara na mesma na horizontal.  

Figura 3 – Esboço da mini-nave

 


Como estabilizar a nave?

 

 

Uma rajada de vento mais forte poderá ser uma causa possível para o desequilíbrio da nave. De forma a reduzir o risco de a nave se despenhar, vamos utilizar um sistema de controlo de estabilidade (SCE). Vamos explicar o funcionamento através de um exemplo. Supunha mos que a nave sofre uma rajada forte e fica inclinada, a nave, através deste sistema iria criar um Feedback que iria anular essa inclinação. O SCE basicamente será um cilindro com um pistão, com a variação da inclinação o pistão desloca-se devido ao aumento do seu peso tangencial, este torna-se superior ao atrito estático, ao mover-se, esse pistão diminui a diferença de potencial na turbina oposta, esta diminui a sua capacidade de tracção e a nave fica novamente em equilíbrio. Atingida esta posição o feedback termina e os propulsores ficam com um poder de tracção igual.

Materiais

Massa(g)

Motores

155x4=620

Ventoinhas

7x4=28

Fios

7x10=70

Estabilizadores

20x4=80

Centro de controlo

20

Baterias

155x2=310

Estrutura

200

 

Mas qual será a força que os Propulsores terão de exercer?

 

A força terá de ser, na maior parte do movimento, simétrica ao peso da nave. Como o peso varia directamente com a massa, descobrindo a massa, temos a solução para este problema. Na tabela 1, temos uma listagem de todos os componentes da nave, com a massa que se espera de cada um. Fazendo o somatório obtivemos a massa de1,328kg. Multiplicando a massa por Fg, obtemos o peso de 13,28N. Como teremos 4 propulsores, essa força será dividida pelos 4, dando 3,32N por propulsor. Como a força que os propulsores vão anular o peso da nave, a força resultante da nave será nula, isso coloca outro problema.

Como descolar e aterrar a nave?

 

 

A nave parte do repouso. Para a nave subir, é necessário que actue sobre ela uma força com módulo superior e com sentido oposto ao peso. A nossa nave será constituída por um temporizador programado para reduzir a diferença de potencial no circuito em dois momentos distintos. Durante o primeiro momento, os propulsores vão exercer uma força superior ao peso, após aproximadamente 20s, o temporizador activa um resistor que faz diminui o d.d.p de forma a que os motores passem a exercer uma força igual ao peso. Devido á resistência do ar, embora que seja reduzida, a nave estabiliza a sua posição, não continuando em MRU. Ao fim de 5min, o temporizador activa outro resistor que faz diminuir o d.d.p novamente, a força que os propulsores exercem passa a ser menor que o peso e a nave aterra. Para a nave aterrar em segurança, esta vão estar provida de um “trem de aterragem” que fará com que a variação da energia cinética da nave não seja tão brusca, evitando deste modo estragos na mesma. A nossa Nave terá um diâmetro aproximado de 40 cm, uma altura, desprezando o sistema de aterragem, de 3 cm. Os propulsores terão um diâmetro aproximado de 7 cm.